segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

CONCLUINTES CURSO PRESENCIAL PNAIC 2016

Embora a formação PNAIC 2016 não tenha acabado, pois ainda há atividades a distância a serem realizadas pelos/as participantes no ambiente simec.mec.gov.br, divulgamos abaixo as listas com todos e todas que obtiveram 100% de presença nos encontros presenciais da DRE Campo Limpo.






 















Parabéns, pessoal!! Fiquem atentos e atentas à realização das tarefas e avaliações do ambiente virtual e um excelente final de ano!!


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

SARAU PNAIC 2016

No último encontro presencial, os/as participantes do PNAIC 2016 foram convidados a organizar coletivamente, a partir de diferentes linguagens, uma apresentação representativa do percurso de estudos desenvolvidos ao longo da formação.

As turmas se apresentaram no Sarau PNAIC 2016, organizado no pátio da EMEF CEU Casa Blanca, comprovando que não nos falta vontade e criatividade. 

Cada uma das dez turmas trouxe sua maneira particular de representar o percurso de estudos e suas repercussões. Houve diferentes estilos musicais, dança, LIBRAS, teatro e, sobretudo, muita diversão, um movimento que pretendemos ver cada vez mais presente nas salas de aulas.



Conheça a seguir as professoras, professores e coordenadoras e coordenadores que vivenciaram essa experiência PNAIC 2016.

Turma OE Laura

Turma OE Adriana

Turma OE Daniele

Turma OE Edicleide

Turma OE Elaine

Turma OE Luciana

Turma OE Maria Lucia

Turma OE Robson

Turma OE Sirlene

Turma OE Tássio

Parabéns a todos e todas e lembrem-se: o PNAIC 2016 não acabou, pois as atividades virtuais do SIMEC continuam...

AVALIAÇÃO DE CORPO INTEIRO

Neste encontro, as professoras analisaram itens de simulados da prova de Matemática ANA à luz da matriz de avaliação e dos direitos de aprendizagem. 

A escolha do INEP por transformar direitos em habilidades comprova as limitações das avaliações em larga escala e amplia a necessidade de que as avaliações internas representem oportunidades de aprendizagem, uma vez que as avaliações externas servem a outras finalidades.

O vídeo "Grafismo indígena" a seguir destaca os saberes Matemáticos da etnia indígena Asurini do Xingu e a importância de que o ensino da Matemática, bem como de outros componentes curriculares, amplie seus referenciais.


O momento atual traz a urgência de que a escola reconheça saberes invisibilizados durante anos de uma educação fundamentada em um currículo eurocêntrico. 

Também é urgente reconhecer que a aprendizagem acontece de corpo inteiro, o que invalida a preponderância de atividades que mantém os corpos sentados durante horas e classifica os/as estudantes em "maus" ou "bons" mais em virtude da sua capacidade de obediência que de autoria.

A edição de cenas do filme "Vermelho como o céu" amplia as reflexões sobre a urgência de uma educação voltada para todos e todas e na qual seja possível vivenciar experiências com múltiplas linguagens.


A pergunta de Dom Giulio deve ser feita por educadores e educadoras constantemente, sobretudo durante o processo de avaliação: afinal para que serve a escola?

As diferentes avaliações que o estudante Mirco recebe do professor, do diretor, dos funcionários, das crianças e da comunidade nos colocam frente ao desafio de não repetir injustiças históricas, principalmente, quando todas as crianças têm direito ao acesso à escola regular amparado pelas legislações. 

"Vermelho como o céu" é baseado em fatos reais que tiveram como consequência o fechamento de escolas especiais para cegos e sua inclusão no sistema de ensino regular italiano. Esse fato sugere que desdobremos a pergunta de Dom Giulio: Afinal o que nos difere como professores/as de outras pessoas com notório saber? É possível trabalhar com todos e todas? Faz sentido na atualidade uma avaliação classificatória e excludente?

Essas são questões fecundas que precisam estar presentes nas discussões coletivas das unidades de maneira a consolidar a avaliação como parte do processo de aprendizagem.

AVALIAÇÃO: REFLEXOS E REFLEXÕES

A  avaliação precisa refletir nossas intencionalidades e ampliar as reflexões sobre o processo de ensino e aprendizagem das crianças. 

O vídeo a seguir sugere um pouco sobre nosso papel nessas ações.


O espelho simboliza o reconhecimento de si como parte de um processo e a oposição realidade x representação. Essa metáfora é recorrente na Literatura ("O espelho" de  Machado de Assis, "O menino no espelho" de Fernando Sabino, "Branca de Neve" etc), na Psicanálise (Lacan) e na Filosofia (Kant). 

Nessa perspectiva, é possível indagar: a avaliação nos representa ou é definida apenas pelo sistema? Uma resposta possível talvez seja: sofremos o sistema e representamos o sistema. Contribuímos com sua manutenção e/ou modificação: cedemos, resistimos, cedemos...

Jorge Larrosa Bondiá, no artigo "Notas sobre a experiência e o saber da experiência" pode contribuir com a reflexão sobre a necessidade de construção de paradigmas de avaliação que valorizem a escuta e os sentimentos.


É possível ter paciência para "suspender a opinião e falar sobre o que nos acontece?"

Na sequência dessa indagação, as professoras vivenciaram, em roda, a experiência cantada "Batata-quente" que propôs reflexões sobre a produção escrita a partir das seguintes indagações que aos poucos iam sendo "descascadas" por quem ficasse com a batata na mão:

  • Você escreve em casa? O quê? 
  • O que você mais escreve na escola?
  • O que você observa que as pessoas escrevem?
  • Durante suas aulas, o que os/as estudantes escrevem?


Todas as perguntas pretendiam destacar que a escrita só faz sentido se tiver uma intencionalidade, tanto que é comum que as respostas venham acompanhadas da referência ao interlocutor. 

As professoras refletiram sobre a pouca eficiência de práticas de escrita fundamentadas na cópia de letras, sílabas ou mesmo cópia de textos prontos aos quais é difícil atribuir sentido e ampliaram as indagações sobre o espaço de autoria na escola.

Após essas importantes reflexões que ampliam questionamentos sobre alfabetos desenhados nas salas e a persistência de silabários e atividades fundamentadas em cópias descontextualizadas, as professoras analisaram a matriz de referência da avaliação escrita da ANA em oposição aos Direitos de Aprendizagem.


A comparação evidencia o quanto a matriz de avaliação se afasta da concepção de escrita em uma perspectiva discursiva, o que representa uma contradição frente à riqueza e inovação da amplitude dos direitos de aprendizagem no eixo produção de textos escritos.

CAMINHOS DA AVALIAÇÃO

Os caminhos para a avaliação são muitos, mas todos exigem reflexão e atenção, como destaca a composição "Relance", interpretada por Gal Costa.



A leitura compartilhada da composição e a interpretação de Gal Costa evidenciam a riqueza da oralidade e expressividade do corpo em movimento. Como bem afirmou Marcuschi escrita e oralidade não são concorrentes, mas sim formas diferentes de se expressar conforme as demandas de interação social.

A referência à morte e ao renascimento que finalizam a composição reafirmam a importância de que estejamos flexíveis às mudanças. Ação essencial para a compreensão da avaliação para além da atribuição de conceitos estanques.

Para complementar esse movimento reflexivo, as professoras foram convidadas a realizar uma andança pelo CEU Casa Blanca para avaliar o equipamento. No percurso, foram se destacando as diferentes formas de avaliar e ampliando-se as indagações sobre os critérios de avaliação e sobre o que seria uma avaliação justa.




Ao retornarem à sala, as professoras se organizaram em grupo e compartilharam seus resultados que evidenciaram dissonantes formas de proceder à avaliação e comprovaram que sem critérios compartilhados não há como uma unidade proceder uma avaliação que contribua com a aprendizagem da pessoa avaliada. Na sequência, a apresentação da fábula sobre avaliação confirmou esses resultados.

Uma fábula sobre avaliação

Era uma vez... uma rainha que vivia em um grande castelo. Ela tinha uma varinha mágica que fazia as pessoas bonitas ou feias, alegres ou tristes, vitoriosas ou fracassadas. Como todas as rainhas, ela também tinha um espelho mágico. Um dia, querendo avaliar sua beleza, também ela perguntou ao espelho:
- Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita que eu?
O espelho olhou bem para ela e respondeu:
- Minha rainha, os tempos estão mudados. Esta não é uma resposta assim tão simples. Hoje em dia para responder à sua pergunta eu preciso de alguns elementos mais precisos.
Atônita, a rainha não sabia o que dizer. Só lhe ocorreu perguntar:
- Como assim?
- Veja bem - respondeu o espelho - Em primeiro lugar, preciso saber por que Vossa Majestade fez esta pergunta, ou seja, o que pretende fazer com minha resposta. Pretende apenas levantar dados sobre seu ibope no castelo? Pretende examinar seu nível de beleza, comparando-o com o de outras pessoas? Ou sua avaliação visa ao desenvolvimento de sua própria beleza, sem nenhum critério externo? É uma avaliação considerando a norma ou critérios predeterminados? De toda forma, é preciso, ainda, que Vossa Majestade me diga se pretende fazer uma classificação dos resultados.
E continuou o espelho:
- Além disso, eu preciso que Vossa Majestade me defina com que bases devo fazer esta avaliação. Devo considerar o peso, a altura, a cor dos olhos, o conjunto? Quem devo consultar para fazer esta análise? Por exemplo: se consultar somente os moradores do castelo, vou ter uma resposta; por outro lado, se utilizar parâmetros nacionais, poderei ter outra resposta. Entre a turma da copa ou mesmo entre os anões, a Branca de Neve ganha estourado. Mas, se perguntar a seus conselheiros, acho que minha rainha terá o primeiro lugar. Depois, ainda tem o seguinte - continuou o espelho - Como vou fazer prova para verificar o grau desta beleza? Utilizo a observação?
Finalmente concluiu o espelho:
- Será que estou sendo justo? Tantos são os pontos a considerar...
(Adaptação de Michael Quinn Patton, traduzida pela Prof Clarisa Souza)


Toda avaliação requer critérios e intencionalidades, caso contrário será autoritária e inútil. A Avaliação não é neutra, pois está revestida de questões sociais, éticas, étnico-raciais, de gênero entre tantas outras que, se não forem observadas, podem ignorar direitos e validar injustiças e exclusões.

Sobre o tema, as professoras dialogaram também com Luckesi no vídeo a seguir:



Na sequência de ações, todas as turmas PNAIC da DRE Campo Limpo se reuniram no auditório do CEU Casa Blanca para ouvir a contação da história "A moça tecelã" realizada pela Orientadora de Estudos Elaine Lacerda. 

No texto destaca-se a oportunidade da moça de refazer ou "destecer" parte de sua história cuja construção não lhe trouxe felicidade. 



Como afirma Esteban, no excerto a seguir, o processo ensino/aprendizagem é tecido por muitos fios.


Com essas reflexões, as professoras procederam à análise em grupos de questões simuladas da Prova ANA

Os diálogos destacaram que nem sempre o item avalia aquilo a que se propõe, o que requer que toda escola e comunidade ampliem seus conhecimentos sobre essa avaliação externa para que tenham condições efetivas de verificar sua repercussão e propor-lhe novos rumos. 

Outro dado interessante é que, embora a ANA tenha sido idealizada para avaliar o impacto das ações formativas PNAIC, a organização da matriz de avaliação renunciou ao termo direitos de aprendizagem em nome do termo habilidade, talvez revelando o quanto a avaliação externa pode se afastar da pessoa avaliada em nome dos padrões.

A avaliação externa sempre será limitada, pois se sustenta na padronização, por isso, é preciso enfatizar a supremacia das avaliações internas sobre as externas e combater o movimento comum de "preparar" as crianças para provas. As crianças precisam ter diversas oportunidades de aprendizagem, nesse sentido, todo processo está em constante avaliação, mas sempre com a intencionalidade de favorecer sua aprendizagem e, de maneira alguma, sua classificação e exclusão.

Os vídeos 3% e Escalada a la vida, que podem ser conferidos a seguir, são propulsores de uma boa discussão sobre as intencionalidades das avaliações e os diferentes rumos que podem tomar dependendo de quem tem o poder de planejá-las.





O primeiro vídeo evidencia a avaliação como um processo manipulado por um grupo com poder hegemônico, que incute nas pessoas uma ideologia de que apenas os "melhores" alcançarão o "topo" a partir da competição e meritocracia. O segundo enfatiza o percurso, pois mais importante ao escalador é a liberdade de realizar escolhas, a tomada de decisões em busca da realização de seu projeto pessoal.

Pode-se afirmar que em "3%" os projetos pessoais e as próprias pessoas são obsoletas, enquanto em "Escalada a la vida" só os projetos pessoais justificam a escalada, o que representa um estado de liberdade, coragem e expressão da criatividade.

E vocês o que acham? Os vídeos dialogam com a realidade da avaliação escolar?

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

TAREFA 1 SIMEC - ORIENTAÇÕES


         A Tarefa 1 solicitada no ambiente virtual simec representa um diagnóstico das turmas para levantamento de possíveis estratégias pedagógicas e de gestão que possam colaborar com a garantia dos direitos de  aprendizagem das crianças.
O diagnóstico está baseado no quadro Perfil da Turma (PNAIC 2013- unidade 01) e objetivos de aprendizagem da Matemática (Caderno Apresentação 2015).

A partir da análise do diagnóstico, deverão ser sinalizadas ações que serão desenvolvidas para superação das dificuldades encontradas.

Para facilitar a realização dessa tarefa, a UFSCAR, universidade responsável pela formação PNAIC 2016 em São Paulo, organizou o tutorial a seguir:






A realização de todas as tarefas e avaliações do ambiente simec é obrigatória, portanto, caso tenha alguma dificuldade, entre em contato com a Equipe de Orientação de Estudos.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

ATIVIDADES A DISTÂNCIA

Além dos encontros presenciais, os/as cursistas PNAIC precisam realizar as chamadas atividades virtuais para que façam jus à certificação do PNAIC 2016. 

Entre essas demandas virtuais estão as tarefas e avaliações do ambiente simec.mec.gov.br (que deve ser acessado com frequência) e pesquisas solicitadas nos encontros presenciais cujos resultados devem ser encaminhados, por e-mail, à Equipe de Orientação de Estudos.

Nesse primeiro encontro, a demanda solicitada foi a seguinte:


Pesquise em sua unidade os resultados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) de 2013 e 2014 e responda, por e-mail, a seu/sua orientador/a:
1.      Analise a variação de desempenho dos/das estudantes e informe se houve mudanças nos resultados e como podem ser compreendidas.
2.      Que ações a escola desenvolveu a partir dos resultados da ANA nas duas edições?

          Os resultados da ANA 2013 e 2014 podem ser visualizados no site http://ana.inep.gov.br/ANA/ basta ter em mãos o código INEP da Unidade



       Ampliar os saberes sobre as avaliações externas é essencial aos educadores e educadoras, pois são políticas públicas cujos efeitos também precisam ser avaliados.

AVALIAR A LEITURA E A ESCRITA PARA ALÉM DE LETRAS E SÍLABAS CANÔNICAS E NÃO CANÔNICAS

A leitura do texto "O alienígena que queria aprender a ler" de Luiz Carlos Cagliari proporciona avanços nos questionamentos sobre a aprendizagem do Sistema de Escrita Alfabético (SEA) e por isso foi proposto aos cursistas PNAIC 2016.


No texto,  ficam evidentes as incoerências de um processo de aprendizagem da leitura e da escrita fundamentado na redução do SEA a um código supostamente aprendido linearmente por meio da memorização de letras e sílabas canônicas (ou simples) e não canônicas (ou complexas).

Afinal por que historicamente cristalizou-se a concepção de que é mais simples aprender primeiramente o alfabeto, depois sílabas constituídas por consoante e vogal, depois sílabas com outras constituições e finalmente palavras? 

Essa visão cartesiana mostra-se bastante limitada quando nos deparamos com as indagações que o alienígena fez ao professor e para as quais não há respostas na cartilha. 

São essas indagações que precisam ser ampliadas entre educadoras e educadoras e que evidenciam a urgência de estudos sobre o processo de alfabetização.

Durante o PNAIC 2013, ampliamos os conceitos sobre alfabetização e letramento. Hoje podemos situar o letramento como um processo que se inicia desde o momento em que interagimos com o mundo e que, de forma geral, transcende a linguagem escrita. A alfabetização, entretanto, é um processo escolar vinculado às estratégias de ensino do SEA, mas que, apesar dos avanços, ainda se mantém concentrado em estratégias de cópia e repetição.

Talvez um dos grandes problemas da escola é que, em virtude do discurso de urgência da aprendizagem da técnica de escrita, as crianças pouco são estimuladas a vivenciar a leitura e a escrita em contextos significativos. 

É muito comum que a escola seja o local das representações, onde se copia muito e pouco se cria, onde se escrevem cartas e bilhetes que nunca chegam a seus destinatários, textos e textos que são apenas para leitura e avaliação dos/das docentes, em suma, as experiências de escrita geralmente são vividas sem um contexto funcional e com o corpo imóvel sentado na cadeira defronte um livro e/ou caderno.

É fato que a leitura e a escrita são demandas de ensino da escola, mas, uma vez que estamos com crianças, é importante nos indagarmos sobre como favorecer esse processo em um contexto lúdico no qual as avaliações não reforcem classificações como "fortes" e "fracas", "boas" ou "ruins", "alfabéticas", "com valor", "sem valor" ou "pré-silábicas". Essas classificações efetivamente contribuem com as aprendizagens?

O vídeo "Fala e escrita" pode ampliar esses questionamentos. 



No vídeo, o linguista Luiz Antônio Marcuschi é categórico ao afirmar que a escrita não é a representação da fala. A escrita é uma convenção, um sistema caracterizado por regularidades e irregularidades. Não há portanto hierarquia de saberes entre oralidade e escrita, não há concorrência, pois são formas complementares, aliás, a escrita surge muito depois da oralidade e não lhe é, em hipótese alguma, superior.

A chamada norma padrão, portanto, corresponde e faz sentido apenas na escrita e por isso há dicionários e gramáticas normativas que regularizam seu uso. 

A supervalorização na oralidade de uma variante linguística mais próxima à chamada norma padrão só tem sentido em uma sociedade de classes na qual há grupos sociais mais valorizados que outros, em geral, aqueles que detêm o poder econômico e podem fazer circular sua variante linguística e sua cultura. Discriminar alguém pelo seu modo de falar, julgá-lo inferior, portanto, é efeito de um preconceito linguístico.

O ensino da língua escrita, portanto, só pode ocorrer em um ambiente em que a oralidade é valorizada e no qual a escrita tenha sentido socialmente, assim como as demais formas de expressão: dança, canto, teatro, pintura etc. 

Fatiar a língua em pedaços torna o processo de aprendizagem da escrita muito mais complexo para as crianças, pois, simplesmente, não há como atribuir sentido à memorização do "ba-be-bi-bo-bu".

E você? O quanto tem estudado sobre esse assunto em sua unidade? 
Já pensou em uma sala de aula em que a configuração preponderante não corresponde a carteiras enfileiradas? Já pensou em uma turma na qual os/as estudantes não estão realizando as mesmas ações ao mesmo tempo sob o mesmo comando? Já pensou em uma escola sem filas, sem sinal sonoro? O que tudo isso tem a ver com alfabetização e letramento? E com a avaliação das aprendizagens?

A bibliografia a seguir pode contribuir com esses estudos:


CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o Bá - Bé - Bi - Bó - Bu. São Paulo: Scipione, 1998. prefácio disponível em https://pt.scribd.com/doc/175717083/ALFABETIZANDO-SEM-O-BA-Be

FOUCAULT, Michael. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. São Paulo: Ed. Vozes, 1997. Disponível em https://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/121335/mod_resource/content/1/Foucault_Vigiar%20e%20punir%20I%20e%20II.pdf

MORAIS, A. G., ALBUQUERQUE, E.B.C., LEAL, T. F. (ORG) Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte: Autêntica. Disponível em http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/20.pdf

MOYSÉS, Maria Aparecida Affonso. A institucionalização invisível: crianças que não aprendem na escola. Campinas, SP: Mercado das Letras; São Paulo: FAPESP, 2001.

MORTATTI, Maria do Rosário Longo. Alfabetização no Brasil: uma história de sua história. São Paulo : Cultura Acadêmica ; Marília : Oficina Universitária, 2011. Disponível em http://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/alfabetizacao.pdf

SILVA, Mariza Vieira. História da alfabetização no Brasil: a constituição de sentidos e do sujeito da escolarização. Tese (doutorado). Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem, 1998. Disponível em http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?view=vtls000132179

SMOLKA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como processo discursivo. São Paulo: Cortez, 2013.


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

PNAIC 2016: EM FOCO A AVALIAÇÃO

A quarta edição da formação PNAIC na DRE Campo Limpo iniciou destacando a continuidade de um processo de interlocução caracterizado pela dialogicidade e horizontalidade das relações. 

Depois de concentrar os estudos na garantia dos direitos de aprendizagem de Língua Portuguesa, Matemática e dos demais componentes curriculares do Ciclo de Alfabetização, a presente formação visa ampliar os estudos sobre o complexo tema avaliação.

Avaliar faz parte da vida e o fazemos a cada instante, entretanto, na escola, historicamente, as concepções de avaliação geraram processos classificatórios e excludentes que hoje são postos em xeque e revistos com a perspectiva dos estudos da avaliação para a aprendizagem. 

Se o acesso à escola é um direito de todas as crianças e um dever da família e do Estado não há por que o processo de avaliação ser classificatório, afinal a intenção não é rotular as pessoas e sim lhes garantir direitos de aprendizagem.

Para ampliar as reflexões sobre os sentidos que a avaliação toma no contexto educacional, vale a pena assistir ao curta metragem "Meu amigo Nietzsche" do Diretor Fauston da Silva.


O vídeo faz referências a diversas reflexões do filósofo Nietzsche no livro "Assim falava Zaratustra" no qual destacamos a frase: "Avaliar é criar, sem avaliação a noz da existência seria oca". 

Conceber a avaliação como um processo criativo essencial à constituição da vida aumenta a responsabilidade docente sobre o alinhamento de concepções, intencionalidades e limitações dos diversos instrumentos de avaliação utilizados no contexto escolar e que visam, de alguma maneira, mensurar em notas e/ou conceitos a aprendizagem das crianças ou, mais que isso, as oportunidades de aprendizagem que lhes são garantidas.


As imagens acima evidenciam o quanto a avaliação pode ganhar um caráter subjetivo que mantém hierarquias e limita saberes a cópias e reproduções e atribuem apenas ao estudante a culpa pela chamada "dificuldade de aprendizagem".

Para favorecer essas reflexões, cada turma se organizou em seis grupos para debater as questões a seguir:

• Estabeleça diferenças e inter-relações entre avaliação interna e
avaliação externa.

• Como os resultados das avaliações internas e das avaliações
externas reverberam no cotidiano escolar?

• Que conhecimentos são submetidos às avaliações internas e
externas?

• Estabeleça relações entre o currículo escolar e as avaliações
internas e externas.

• Como a produção acadêmica tem se debruçado sobre as avaliações internas e externas?

• Discutam sobre os sentidos de “examinar”, “avaliar” e “Instrumentos de avaliação”.

E vocês? Que respostas dariam a essas indagações? A animação a seguir também contribui com esse debate.


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

ART.10 PORTARIA Nº 6898

De acordo com o Art. 10 da PORTARIA Nº 6.898, DE 26 DE OUTUBRO DE 2015, Professoras e Professores da Rede Municipal de São Paulo, frequentes nos encontros presenciais da formação PNAIC 2016, cumprem, durante esses encontros, duas das oito horas semanais da JEIF.

 Leia a seguir o referido artigo.

Art. 10 - Das 8 (oito) horas-aula adicionais da Jornada Especial Integral de Formação - JEIF cumpridas em horário coletivo, no mínimo, 4 (quatro) horas-aula destinar-se-ão à formação docente evidenciada no Projeto Político-Pedagógico, a análise dos resultados de desenvolvimento e de aprendizagem dos educandos, bem como para o planejamento das ações pedagógicas em prol da melhoria destes resultados.

§ 1º - Para os professores que ministram aulas no Ciclo de Alfabetização do Ensino Fundamental e que frequentam o curso do Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa – PNAIC as horas referidas no parágrafo anterior serão distribuídas conforme segue:

I - 4 (quatro) horas destinadas ao desenvolvimento dos Projetos Especiais de Ação – PEAs da Unidade Educacional.

II - 2(duas) horas destinadas ao desenvolvimento do Projeto Político-Pedagógico;

III - 2 (duas) horas cumpridas no curso de formação do PNAIC oferecido pela SME/DOT, comprovada a frequência;

Para descontar essas duas horas durante os horários coletivos semanais, as/os participantes receberão, nos encontros presenciais, comprovante de presença que deverá ser entregue, na segunda-feira posterior à formação, à gestão da Unidade em que atua como professor/a alfabetizador/a. 

Essa ação não se aplica a Coordenadores Pedagógicos e nem a professores/as em outra jornada que participem da formação PNAIC 2016.

Informamos que o comprovante de presença do encontro do dia 29/10/2016 será entregue no dia 19/11/2016, mas a lista com as pessoas presentes nesse primeiro encontro já pode ser acessada pela gestão escolar no link de maneira a garantir que os/as participantes usufruam do benefício a partir da segunda quinzena do mês de novembro.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

BEM-VINDAS E BEM-VINDOS AO PNAIC 2016!!

Neste sábado, 29/10/2016, das 8h às 17h no CEU Casa Blanca, a DRE Campo Limpo inicia a 4.ª edição da formação proposta pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: o PNAIC 2016.





Entre os objetivos das ações formativas estão a ampliação dos estudos sobre avaliações internas e externas e seu impacto no processo de alfabetização e letramento. Ao todo serão 100 horas de formação distribuídas entre encontros presenciais, atividades a distância e preenchimento de atividades e avaliações no sistema SIMEC.


O público-alvo da formação é constituído por professoras e professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I em regência no Ciclo de Alfabetização e um Coordenador(a) Pedagógico(a) por EMEF.

Em São Paulo, a participação integral na formação, associada a outros requisitos regulamentados pela Portaria 6783/2014 e Portaria 3008 de 19 de maio de 2014, beneficia os/as participantes em seu processo de Evolução Funcional, além de garantir o direito à certificação de Extensão Universitária expedida, após o término da formação, pela universidade responsável pelas orientações formativas: UFSCAR


quarta-feira, 9 de março de 2016

INFORME DE RENDIMENTOS DO BENEFÍCIO PNAIC 2015

Atenção Professoras e Professores cursistas PNAIC, acessem o informe de rendimentos referentes aos benefícios recebidos em 2015 no link https://www.fnde.gov.br/sigefweb/index.php/declaracao-rendimento


Embora esse rendimento não seja tributável, é importante declará-lo no Imposto de Renda e ficar em dia com a Receita Federal.

Em caso de dúvidas quanto ao valor apresentado pelo MEC, confiram o extrato de recebimento dos benefícios na agência bancária cadastrada.


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

PARABÉNS AOS CONCLUINTES PNAIC 2015!!

O PNAIC 2015 chegou ao fim, mas sua proposta formativa continuará fazendo a diferença na vida profissional de seus participantes, por isso, é com orgulho que parabenizamos os professores e professoras que concluíram com sucesso todas as demandas formativas!! Confira seus nomes nas listas a seguir.
















Após o fechamento da plataforma SIMEC, a UNESP providenciará a certificação que, posteriormente, será enviada à SME para cadastro no sistema EOL e envio aos concluintes ainda neste ano. 

Além da certificação de extensão universitária concedida pela UNESP, professores e professoras concluintes do PNAIC na Rede Municipal de Ensino de São Paulo fazem jus ao Atestado Modelo 05, que deve ser expedido pela Coordenação Pedagógica, Direção e Supervisão da Unidade Escolar em que atuaram em 2015, conforme regulamentações das Portarias 3008/2014 e  6783/2014

É isso aí, pessoal, desejamos a todos e todas um excelente 2016 e relembramos que os Cadernos de Formação PNAIC continuam disponíveis para leitura e download no site pacto.mec.gov.br.