segunda-feira, 14 de novembro de 2016

PNAIC 2016: EM FOCO A AVALIAÇÃO

A quarta edição da formação PNAIC na DRE Campo Limpo iniciou destacando a continuidade de um processo de interlocução caracterizado pela dialogicidade e horizontalidade das relações. 

Depois de concentrar os estudos na garantia dos direitos de aprendizagem de Língua Portuguesa, Matemática e dos demais componentes curriculares do Ciclo de Alfabetização, a presente formação visa ampliar os estudos sobre o complexo tema avaliação.

Avaliar faz parte da vida e o fazemos a cada instante, entretanto, na escola, historicamente, as concepções de avaliação geraram processos classificatórios e excludentes que hoje são postos em xeque e revistos com a perspectiva dos estudos da avaliação para a aprendizagem. 

Se o acesso à escola é um direito de todas as crianças e um dever da família e do Estado não há por que o processo de avaliação ser classificatório, afinal a intenção não é rotular as pessoas e sim lhes garantir direitos de aprendizagem.

Para ampliar as reflexões sobre os sentidos que a avaliação toma no contexto educacional, vale a pena assistir ao curta metragem "Meu amigo Nietzsche" do Diretor Fauston da Silva.


O vídeo faz referências a diversas reflexões do filósofo Nietzsche no livro "Assim falava Zaratustra" no qual destacamos a frase: "Avaliar é criar, sem avaliação a noz da existência seria oca". 

Conceber a avaliação como um processo criativo essencial à constituição da vida aumenta a responsabilidade docente sobre o alinhamento de concepções, intencionalidades e limitações dos diversos instrumentos de avaliação utilizados no contexto escolar e que visam, de alguma maneira, mensurar em notas e/ou conceitos a aprendizagem das crianças ou, mais que isso, as oportunidades de aprendizagem que lhes são garantidas.


As imagens acima evidenciam o quanto a avaliação pode ganhar um caráter subjetivo que mantém hierarquias e limita saberes a cópias e reproduções e atribuem apenas ao estudante a culpa pela chamada "dificuldade de aprendizagem".

Para favorecer essas reflexões, cada turma se organizou em seis grupos para debater as questões a seguir:

• Estabeleça diferenças e inter-relações entre avaliação interna e
avaliação externa.

• Como os resultados das avaliações internas e das avaliações
externas reverberam no cotidiano escolar?

• Que conhecimentos são submetidos às avaliações internas e
externas?

• Estabeleça relações entre o currículo escolar e as avaliações
internas e externas.

• Como a produção acadêmica tem se debruçado sobre as avaliações internas e externas?

• Discutam sobre os sentidos de “examinar”, “avaliar” e “Instrumentos de avaliação”.

E vocês? Que respostas dariam a essas indagações? A animação a seguir também contribui com esse debate.


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