Neste encontro, as professoras analisaram itens de simulados da prova de Matemática ANA à luz da matriz de avaliação e dos direitos de aprendizagem.
A escolha do INEP por transformar direitos em habilidades comprova as limitações das avaliações em larga escala e amplia a necessidade de que as avaliações internas representem oportunidades de aprendizagem, uma vez que as avaliações externas servem a outras finalidades.
O vídeo "Grafismo indígena" a seguir destaca os saberes Matemáticos da etnia indígena Asurini do Xingu e a importância de que o ensino da Matemática, bem como de outros componentes curriculares, amplie seus referenciais.
O momento atual traz a urgência de que a escola reconheça saberes invisibilizados durante anos de uma educação fundamentada em um currículo eurocêntrico.
Também é urgente reconhecer que a aprendizagem acontece de corpo inteiro, o que invalida a preponderância de atividades que mantém os corpos sentados durante horas e classifica os/as estudantes em "maus" ou "bons" mais em virtude da sua capacidade de obediência que de autoria.
A edição de cenas do filme "Vermelho como o céu" amplia as reflexões sobre a urgência de uma educação voltada para todos e todas e na qual seja possível vivenciar experiências com múltiplas linguagens.
A pergunta de Dom Giulio deve ser feita por educadores e educadoras constantemente, sobretudo durante o processo de avaliação: afinal para que serve a escola?
As diferentes avaliações que o estudante Mirco recebe do professor, do diretor, dos funcionários, das crianças e da comunidade nos colocam frente ao desafio de não repetir injustiças históricas, principalmente, quando todas as crianças têm direito ao acesso à escola regular amparado pelas legislações.
"Vermelho como o céu" é baseado em fatos reais que tiveram como consequência o fechamento de escolas especiais para cegos e sua inclusão no sistema de ensino regular italiano. Esse fato sugere que desdobremos a pergunta de Dom Giulio: Afinal o que nos difere como professores/as de outras pessoas com notório saber? É possível trabalhar com todos e todas? Faz sentido na atualidade uma avaliação classificatória e excludente?
Essas são questões fecundas que precisam estar presentes nas discussões coletivas das unidades de maneira a consolidar a avaliação como parte do processo de aprendizagem.
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