domingo, 16 de novembro de 2014

EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA: A PESQUISA COMO CENTRO DA AÇÃO PEDAGÓGICA

A palavra estatística se originou do termo latino Status (Estado), pois, segundo dados históricos, a ação do Estado realizar o censo da população já era comum há 3000 anos A.C. Essas informações eram usadas para requisição de impostos ou alistamento militar. 

O uso da palavra estatística para designar "Ciência do estado" foi introduzido pelo intelectual alemão Gottfried Achenwall em 1749, mas seu significado como coleta e classificação de dados, tal qual conhecemos hoje, só aconteceu no século XX com a contribuição de diversos estudiosos.

Segundo o Caderno 7 do material do Pacto, no Brasil, antes da década de 1980, o estudo da estatística e assuntos correlatos, como probabilidade e análise combinatória, eram propostos apenas para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Entretanto, estudos nas áreas de Psicologia e Educação confirmaram a importância da abordagem desse tema desde a Educação Infantil numa escala de compreensão adequada às crianças.





O objetivo da abordagem da estatística no Ciclo de Alfabetização é oportunizar às crianças vivências de situações de pesquisa, cujas intenções justificam a coleta de dados, o tratamento das informações, a organização de tabelas e gráficos e a tomada de decisões sobre possíveis intervenções na realidade.

Também objetiva a vivência de situações problemas que envolvam a probabilidade e a análise combinatória em contextos adequados ao seu cotidiano e que considerem a importância do brincar nessa faixa etária.

Para ampliar o tema, os professores alfabetizadores assistiram ao vídeo produzido pela Univesp "Tratamento da informação: gráficos e estatísticas".




Posteriormente, os professores vivenciaram situações divertidas de coleta de dados sobre a quantidade de filhos, o sabor de sorvete preferido e atividade de lazer mais frequente. 

As pesquisas geraram gráficos e comentários bem divertidos e de fácil realização com as crianças do Ciclo de Alfabetização.


As interações confirmaram o fato de que a pesquisa pode fazer parte do cotidiano das crianças, bem como o tratamento da informação organizado a partir de tabelas e gráficos adequados às possibilidades dos estudantes. Além disso, o assunto permite interfaces com outras áreas do conhecimento, uma vez que a pesquisa não lida apenas com dados quantitativos.

A seguir, algumas possibilidades desse trabalho no Ciclo de Alfabetização.










Os estudos comprovam que a pesquisa precisa se tornar ação comum ao contexto escolar. Em lugar de espaço de respostas memorizadas e padronizadas, o processo de ensino precisa promover a reflexão e oportunizar que boas perguntas sejam formuladas pelos alunos. 

O estímulo à curiosidade e à ação é importante a todos, professores e alunos . Apenas dessa maneira será possível promover mudanças na cultura escolar em busca de novas interações entre professores, alunos, dados, informações e conhecimentos.

Dados e informações são importantes apenas enquanto conhecimentos que mobilizam os projetos pessoais, o que justifica a inserção da pesquisa no contexto escolar desde a Educação Infantil.

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