segunda-feira, 12 de outubro de 2015

02/10/2015: RETRATOS DE UM GRANDE ENCONTRO

Na noite de 02/10/2015, todas as turmas PNAIC estiveram reunidas no CEU Casa Blanca para dialogar sobre os Impactos do Pacto no Ciclo de Alfabetização. 





















Uma noite de encontros e reencontros que se iniciou com a Exposição dos Cadernos de Registros das turmas, dos Jogos e Acervo Literário PNAIC e dos Livros do Projeto Cem Histórias Negras, acervo do Professor Alfabetizador Renato Fagundes.















A Diretora de DOT-P DRE Campo Limpo, Marilu Santos Cardoso, iniciou oficialmente o evento cumprimentando a plateia e destacando a importância dos docentes que participam da formação PNAIC 2015 e se dedicam à tarefa de alfabetizar na perspectiva do letramento.





Na sequência o MC Robsoul e o DJ Hudson apresentaram parte do repertório do Show "Soul Preto Sim", no qual as letras na batida do RAP questionam os mecanismos de exclusão e a divisão de classes que insistem em querer situar pretos e pobres em posição subalterna em relação ao "padrão eurocêntrico". 

O estudante e DJ Hudson e o MC Robsoul, Rapper, Pedagogo e Militante nos movimentos sociais.

O repertório dos Rappers esteve presente durante as formações PNAIC para contextualizar os estudos sobre o território e destacar a importância da valorização dos saberes e culturas dos estudantes das periferias de São Paulo. Lembram do Peso da Expressão?








Na sequência, a Equipe de Orientadores de Estudos apresentou as esquetes "Da Alfabetização enquanto técnica à Perspectiva do letramento", uma sequência de encenações de fragmentos de músicas que remetiam às mudança nos ideais de alfabetização. 




Em sua origem, o processo de alfabetização escolar se fundamentou no conceito de que a aprendizagem da escrita se reduzia à memorização de letras e sílabas. Dessa maneira, os estudantes só começavam a ter contato com livros e textos mais elaborados depois de compreenderem esse código. 

Na alfabetização na perspectiva do letramento, a escrita é considerada um sistema notacional e, portanto, não se reduz a um código. Sua aprendizagem, portanto, requer a inserção dos estudantes em situações em que a leitura e e a escrita sejam funcionais. Dessa maneira, alunos e alunas precisam estar imersos em contextos de letramento antes mesmo de saberem as respostas para duas questões fundamentais: o que e como as letras representam.

É no contato intenso com a leitura e escrita em contextos funcionais que as crianças vão compreendendo o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e sendo capazes de compreender que as letras representam os sons e que essa representação está relacionada à regularidades e irregularidades do sistema.

Para ampliar esse assunto, vamos acompanhar a seguir os slides organizados pela Orientadora Paula Angélica e apresentados pela Orientadora Elza.























Após esse momento, foi composta a Mesa Temática "Desafios e Possibilidades da Alfabetização na Perspectiva do Letramento: Olhares e Práticas", que contou com a presença de Orientadores de Estudos e Professores Alfabetizadores que dialogaram sobre o tema destacando como têm vivenciado a experiência de alfabetizar na perspectiva do letramento e superado desafios que envolvem a estrutura escolar e os tempos e espaços da matriz curricular.






Destacou-se entre os integrantes da mesa a segurança que o processo formativo tem trazido à atuação e acompanhamento pedagógico e a importância de proporcionar oportunidades de letramento a todos os estudantes, considerando sua diversidade e potencialidade.

A plateia interagiu com questionamentos sobre "Como orientar os alunos em relação às questões sociais que os envolvem" e "como envolver os familiares nas questões pedagógicas". 




Os integrantes da mesa destacaram que a alfabetização na perspectiva do letramento pressupõe a inserção nas questões sociais, uma vez que requer a leitura e análise do mundo e não apenas das letras. Nesse contexto, a família precisa ser convidada a interagir com a escola, tanto nas reuniões de pais, quanto nos espaços de Conselhos de Escola e APM e no próprio cotidiano escolar. 

Apenas com essa interação, os pais vão compreender, apoiar e participar desse processo de alfabetização que se fundamenta em atividades diversificadas que envolvem situações problemas, pesquisa, leituras, vivência com jogos, corpo e movimento e não se restringe a lições no caderno.

Para finalizar o evento, a Professora Tereza Busico, da EMEF Dom Veremundo Toth, interagiu com a Plateia em uma dinâmica cantada que revelava um pouco de seus sentimentos sobre a formação PNAIC.



Dinâmica Cantada - interagindo com a plateia
1- Quando pensei em participar de PNAIC, o que aconteceu?
(Fascinação Elis Regina) Os sonhos mais lindos sonhei! De quimeras mil, um castelo ergui. E o teu olhar, tonto de emoção. Com sofreguidão mil venturas previ.
2- Ao encontrar dificuldades em participar dos encontros formativos o que disse?
(Volta Por Cima Noite Ilustrada) Levanta, sacode a poeira e dá volta por cima.
3- Mas quando começa o encontro do PNAIC , qual a sensação?
(Roberto Carlos -  Emoções) Quando eu estou aqui, eu vivo este momento lindo. Olhando pra você e as mesmas emoções sentindo. São tantas já vividas, são momentos que eu não me esqueci. Detalhes de uma vida, histórias que eu contei aqui.
4- Quando me sinto desanimada pelos problemas do dia-a-dia, com a alfabetização o que digo?
(Martinho da Vila Canta, canta minha gente) Canta, canta minha gente deixa a tristeza pra lá. Canta forte canta alto Que a vida vai melhorar. Bis
5- Como reajo às inovações propostas pelo PNAIC?
(Mudança - Vanusa) Hoje eu vou mudar, vasculhar minhas gavetas, jogar fora sentimentos e ressentimentos tolos, fazer limpeza no armário, retirar traças e teias 
6- E quando fico em dúvida se estou aplicando tudo o que aprendi no PNAIC... do que me lembro?
(Geraldo Vandré, Para não dizer que não falei das flores”) –Caminhando e cantando e seguindo a canção. Somos todos iguais, braços dados ou não. Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção. Vem, vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
7- Ser professor é?
(Gonzaguinha O Que é o Que é ) Viver e não ter a vergonha de ser feliz. Cantar, cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz. Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será. Mas isso não impede que eu repita: é bonita, é bonita e é bonita.

Depois desse divertido momento, o evento foi finalizado, relembrando aos cursistas de que o próximo encontro coletivo está confirmado no CEU Casa Blanca, no dia 24/10/2015, com mais relatos e atrações.



Um comentário:

  1. Foi muito bom este encontro de sexta-feira , muito proveitoso. Gostei de participar e realizar a dinâmica cantada foi uma experiência emocionante.
    Obrigado a todos os colegas professores que interagiram e cantaram. Valeu!

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