terça-feira, 18 de agosto de 2015

CULTURA CORPORAL NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO

A Educação Física no Ciclo de Alfabetização relaciona-se à cultura corporal em um constante diálogo com as culturas infantis expressas no brincar e no movimento espontâneo não estruturado, e também nas práticas corporais codificadas, relacionadas ao esporte, às lutas e danças clássicas ou populares e mesmo brincadeiras para as quais já há repertórios institucionalizados.

Embora, no município de São Paulo, a matriz curricular garanta a presença de um professor especialista nas aulas de Educação Física destinadas ao Ciclo de Alfabetização, algumas expressões da cultura corporal podem e devem ser vivenciadas por educadores e educadoras em todos os componente curriculares.

É importante conceber que somos um corpo, uma unidade que contradiz o binômio mente e corpo defendido por Descartes no século XVII e que, apesar dos avanços conceituais, ainda fundamenta a cultura escolar que idealiza os alunos longas horas sentados diante de tarefas que envolvem exclusivamente leitura e escrita.

Essa cultura da supremacia da razão sobre a emoção justifica o fato de que os parques e demais espaços que permitem a expansão do corpo são comuns na Educação Infantil, mas não estão presentes da mesma maneira nas Escolas de Ensino Fundamental, tanto nas construções de escolas públicas quanto nas de escolas particulares.

Sobre esse assunto, analisamos o Café Filosófico "O que pode o corpo" no qual a filósofa Viviane Mosé dialoga com a coreógrafa e bailarina Dani Lima sobre as potencialidades do corpo e seu enquadramento na sociedade contemporânea. Vale a pena assistir na íntegra.





Diante de tantos argumentos sobre a importância da cultura corporal é importante evidenciarmos o conteúdo dos slides a seguir:




A cultura corporal precisa estar presente em todas as ações formativas ampliando as interações e possibilidades de aprendizagem, por isso também a vivenciamos com professores e professoras:






Para ampliar a observação sobre nosso corpo, propusemos a oficina "Corpo, linhas e formas" idealizada pela Orientadora de Estudos Edicleide Urbano e vivenciada com todos @s cursistas PNAIC. Hora de pôr a mão na massa, observar e manusear nosso corpo em movimento.







Quando observamos nosso corpo em movimento podemos perceber sua energia e vigor, sua inventividade e alegria. Percebemos também o quanto sua expressividade evidencia nossos sentimentos, sejam alegrias ou angústias.

Essas sensações confirmam que a separação corpo e mente pode ser considerada um dos maiores equívocos do pensamento científico europeu.







Para ratificar a importância da cultura corporal em todas as suas possibilidades de expressão, nada melhor que despertar nossa sensibilidade com o trailer do filme "Tarja Branca". Porque brincar é essencial!





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