As Ciências da Natureza no Ciclo de Alfabetização estão relacionadas à alfabetização científica como direito de aprendizagem. As crianças precisam ter a oportunidade de vivenciar contextos que despertem curiosidades e nos quais suas perguntas sejam ouvidas, consideradas e desdobradas em investigações.
A proposta da alfabetização científica põe em xeque um modelo de aula linear na qual o professor explica determinado conteúdo, enquanto o aluno escuta para depois repetir exatamente o que foi ensinado, e confirma a urgência de uma escola que desperte curiosidades e vivencie a investigação.
A busca por respostas via investigação científica é muito mais produtiva que a reprodução de afirmações escritas no livro didático. Esse é o caminho da alfabetização científica.
Para ampliar o conhecimento sobre o assunto, professores e professoras estudaram o texto "Alfabetização Científica no Ciclo de Alfabetização um direito de aprendizagem", (Caderno de Ciências Humanas PNAIC 2015, pp. 09 a 18) cujo conteúdo está sintetizado nos slides a seguir.
Para ampliar o conhecimento sobre o assunto, professores e professoras estudaram o texto "Alfabetização Científica no Ciclo de Alfabetização um direito de aprendizagem", (Caderno de Ciências Humanas PNAIC 2015, pp. 09 a 18) cujo conteúdo está sintetizado nos slides a seguir.
As etapas da investigação estão presentes em grande parte das curiosidades das pessoas em seu cotidiano. É comum que diante de dúvidas sobre determinado assunto que nos interessa, pesquisemos em diversas fontes a fim de obter respostas. Entretanto, esse mesmo processo não é comum à cultura escolar, onde surge esporadicamente, pois requer a ousadia do mestre em assumir que não tem todas as respostas, apenas sabe como procurá-las.
Na atualidade, essa visão do mestre como detentor do saber e do aluno como ser desprovido de conhecimentos não se sustenta. A experiência de estudos e de vida do mestre legitima sua ação docente, pois é responsável por oportunizar aos alunos o despertar de curiosidades e orientá-los sobre as etapas da investigação, mas o aluno também possui saberes.
A despeito da origem etimológica do termo, o aluno não é alguém sem luz. Ele observa, questiona, formula hipóteses e busca respostas que, posteriormente, divulga aos colegas. Se essa natural curiosidade for redimensionada na escola, alunos e professores aprenderão muito mais.
As perguntas surgem ou são despertadas de inúmeras maneiras.
Na música "O que é, o que é" da dupla "Palavra cantada", as crianças são desafiadas por um questionamento. A resposta a essa pergunta não significa o fim de uma atividade e sim o início para muitas outras perguntas que podem surgir.
Nesse caso, a resposta à pergunta da canção é um conceito que certamente se desdobra em novas curiosidades das crianças, afinal o que é a sombra? Como ela é produzida? O vídeo a seguir relata uma sequência de atividades sobre esse tema vivenciadas com crianças do 2º ano.
Esse tema também pode ser vivenciado a partir de obras literárias como é o caso dos livros "Sombra" e "O menino que perdeu a sombra"
Samuel leva um grande susto quando percebe que perdeu a própria sombra. O que deve fazer? Contar para a mãe? Ligar para o pai e pedir ajuda? Procurar, quem sabe, um sombrologista? Como enfrentar os colegas da escola? O certo é que está em apuros e precisa encontrar uma solução...
São muitas as possibilidades de investigação científica a partir da temática das sombras. O teatro de sombras, por exemplo, pode ser inteiramente desenvolvido com as crianças, como visto no vídeo "O problema das sombras iguais".
Para potencializar a investigação científica, professores e professoras participantes dos encontros PNAIC foram desafiados a construir em grupo uma sequência de atividades de incentivo à investigação científica de seus alunos. Observe os slides a seguir.
Além dessas questões, o grupo poderia pensar em outras que, porventura, seriam mais adequadas ao território em que atuavam. O desafio será concluído com o desenvolvimento dessa proposta com os alunos e o registro no portfólio, como explicita a proposta de atividade a seguir.
A investigação científica é para todos e todas, por isso deve estar presente no Ciclo de Alfabetização como um direito dos estudantes.
É possível encontrar na rede amplo material de pesquisa sobre o assunto, um exemplo é o site ABC na Educação Científica Mão na Massa CDCC/USP - São Carlos. no qual há conceitos e experiências adequadas ao trabalho nesse segmento.
O trabalho com a literatura também possibilita o planejamento de sequências de atividades que contemplem as etapas da investigação científica. É o caso dos livros "A planta e o vento" e "Gente, bicho, planta" que abordam temáticas relacionadas ao meio ambiente.
O Professor e Orientador de Estudos José Rosemberg desenvolveu em 2014 com suas turmas de 2º ano a sequência de atividades "Curiosos em ação", um ótimo exemplo de investigação científica com a utilização dos recursos da tecnologia digital.
Se você também é um curioso ou curiosa em ação, clique aqui para acessar a sequência completa.
Aliás, Rosemberg foi um dos destaques do mês de Agosto na Revista Nova Escola Gestão Escolar por desenvolver atividades de pesquisas com seus alunos a partir das tecnologias digitais, principalmente do celular.
Vale a pena conferir!
Outra proposta interessante e que potencializa o trabalho com a investigação científica é de organização de uma Feira de Ciências. Acompanhe uma experiência bem sucedida disponível no artigo Mais Ciência do que Feira.
É isso aí, pessoal, seja você também um(a) professor(a) pesquisador(a) e incentive a investigação em suas turmas!
Continuem os estudos, pesquisas e registros!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário