segunda-feira, 28 de outubro de 2013

DE VOLTA À ROTINA: O PLANEJAMENTO DE UM AMBIENTE ALFABETIZADOR QUE ATENDA À HETEROGENEIDADE DA TURMA

O oitavo encontro foi iniciado com os relatos sobre os projetos didáticos interdisciplinares planejados pelos professores alfabetizadores.

A roda de conversa consolidou a percepção de que o projeto, além de um produto final, precisa ser concebido e organizado com a participação dos alunos. 

Foram citados projetos sobre o meio-ambiente, convívio escolar, alimentação saudável, entre outros que se caracterizam por uma série de ações que possibilitam a aprendizagem de conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais.

Embora seja mais comum a proposta de projeto ser feita pelo professor a partir da necessidade do grupo, a ideia precisa ser compartilhada e aprofundada com os alunos. 

Os projetos só serão bem sucedidos quando verdadeiramente significativos para alunos e professores. O professor tem uma intencionalidade clara ao propor determinado projeto, mas sua realização só se justifica pela participação ativa dos alunos e pelo potencial de aprendizagem que proporcionará ao grupo.

Após os relatos, o grupo retomou as informações sobre o que foi introduzido, aprofundado e consolidado na rotina semanal em relação a algumas temáticas da formação PNAIC. 

Para descrever esses conhecimentos, apresentamos a proposta de avaliação por rubricas. O conceito é desenvolvido em SME, principalmente por César Nunes, assessor na área de tecnologias, e objetiva potencializar o processo de avaliação para além da atribuição de conceitos. 

Na DOT-P da DRE Campo Limpo, a avaliação por rubricas é também tema das orientações feitas pela formadora Cristina aos POIEs. Veja abaixo um avaliação por rubricas construída com alunos envolvidos nos projetos de Rádio Escolar.

RUBRICAS DE AVALIAÇÃO PARA O TRABALHO COM RÁDIO

ATARI

PS1
PS2
XBOX
PROTAGONISMO DOS ALUNOS
Faz o que o professor orienta na rádio.



Faz o que o professor orienta e tem ideias para melhorar a rádio.
Faz o que o professor orienta, tem ideias para melhorar a rádio e apresenta as ideias para professor e parceiros.
Faz o que o professor orienta, tem ideias para melhorar a rádio, apresenta as ideias para o professor e parceiros e se mobiliza para que a rádio dê certo.
COLABORAÇÃO
Realiza atividades propostas de modo individualizado.



Atua de modo pouco colaborativo na elaboração do produto final. Não consegue mobilizar quem não está se envolvendo.
Atua de modo colaborativo, com a tecnologia ou sem ela, na elaboração do produto final, dando ideias, problematizando, sintetizando, levando o grupo a conclusões e posicionamentos. Ainda não consegue mobilizar quem não está se envolvendo.
Atua de modo colaborativo, com a tecnologia ou sem ela, na elaboração do produto final, dando ideias, problematizando, sintetizando, levando o grupo a conclusões e posicionamentos. Consegue mobilizar quem não estava se envolvendo e incorpora a capacidade de motivar o grupo.
CULTURA DE PAZ
 Trabalha de forma individualizada, sem compromisso com a disseminação da cultura de paz na escola.
  Trabalha de forma individualizada, mas já demonstra preocupação com a disseminação da cultura de paz na escola.


Trabalha de forma coletiva organizando ações que disseminem a cultura de paz na escola.
Trabalha de forma coletiva organizando ações que disseminem a cultura de paz na escola, buscando incluir os alunos que não se envolvem.
COMPETÊNCIA LEITORA E ESCRITORA
Pesquisa/ produz os textos para os programas de rádio.



Pesquisa/ produz os textos para os programas de rádio e faz a gravação.
Pesquisa/ produz os textos para os programas de rádio,  faz a gravação e cuida para que o texto seja adequado ao ambiente escolar.
Pesquisa/ produz os textos para os programas de rádio, faz a gravação, cuida para que o texto seja adequado ao ambiente escolar e contribua com o crescimento cultural dos ouvintes.














A construção de rubricas pressupõe maior análise dos objetivos da aprendizagem e das etapas vivenciadas para alcançar o ideal de conhecimento sobre determinado assunto.

Para ampliar o conceito de rubrica e as possibilidades desse tipo de avaliação, os professores construíram em grupos parte de uma rubrica de avaliação sobre alguns temas fundamentais ao pacto. 




Veja o resultado:

RUBRICA DE AVALIAÇÃO: COMO ESTÁ MINHA ROTINA EM RELAÇÃO AOS CONCEITOS ABAIXO?


NÃO INTRODUZIDO
INTRODUZIDO
APROFUNDADO
CONSOLIDADO
SEQUÊNCIA DIDÁTICA (Trabalho com gêneros)
Apesar de ter vivenciado a temática na formação, preciso de maiores embasamentos teóricos.


Tenho referências sobre a temática, mas ainda não consegui desenvolver essa estratégia em sala.
Tenho referências sobre a temática e já consegui utilizá-la em sala de aula, mas ainda com algumas dificuldades em organizar as sequências.
Tenho referências sobre a temática, já consegui utilizá-la em sala de aula e perceber avanços na aprendizagem dos alunos em relação aos gêneros.
AVALIAÇÃO FORMATIVA
Ainda realizo avaliações classificatórias a partir de poucos instrumentos de avaliação;







Considero importante a avaliação na perspectiva formativa, mas ainda não consigo organizar instrumentos que a efetivem.
Considero importante, organizo instrumentos diferenciados de avaliação, mas ainda tenho dificuldades em analisar os resultados e encaminhar novas ações pedagógicas.
Considero importante, organizo instrumentos diferenciados de avaliação, interpreto os resultados e revejo minha prática pedagógica a fim de promover os direitos de aprendizagem.
EIXOS DE APRENDIZAGEM
Organizo minha rotina semanal considerando apenas as disciplinas escolares.






Ainda não consigo contemplar todos os eixos na rotina semanal, sempre privilegio um deles.
Consigo inserir na rotina atividades com todos os eixos de aprendizagem, mas ainda preciso melhorar algumas estratégias para promover os direitos de aprendizagem.
Consigo contemplar todos os eixos promovendo momentos de aprendizagem significativa e com foco nos direitos de aprendizagem.
IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
Não considero o brincar relevante para a aprendizagem de leitura e escrita.


Considero importante, mas tenho dificuldade em inserir essas ações na rotina semanal.
Considero importante e garanto, na rotina, atividades que envolvem o brincar, mas não consegui relacioná-los aos direitos de aprendizagem.
O brincar está plenamente inserido em minha rotina, relacionado aos direitos de aprendizagem e à importância do lúdico no ciclo de alfabetização.


E você? Em que item da rubrica se encontra? Propõe alguma alteração nas descrições das etapas?

Para quem deseja ampliar os conhecimentos sobre rubricas  de avaliação, sugerimos acessar os links:



Depois desse momento, os professores retomaram os objetivos da rotina e compartilharam informações sobre como está organizada sua rotina semanal. 

A partir dessa rotina real, os grupos montaram um quebra-cabeças que tentasse unir a rotina real à rotina ideal. As peças eram compostas pelas disciplinas constantes na matriz curricular, as modalidades organizativas e os eixos de aprendizagem de Língua Portuguesa, além de espaços para preenchimento livre com outros temas considerados essenciais à aprendizagem de todos os alunos.


São muitos os desafios na busca da qualificação da rotina, afinal, é preciso garantir o trabalho com os eixos de aprendizagem de Língua Portuguesa -oralidade, leitura, produção escrita e análise linguística- sem esquecer os direitos das demais disciplinas. 

Haja estudo e criatividade para perceber inter-relação entre o direitos de algumas áreas e propor atividades diferenciadas que atendam à diversidade de aprendizagens!

E por falar em criatividade, vocês sabiam que é possível desenvolvê-la? O vídeo a seguir explicita essa ideia.


Ser criativo, portanto, não é construir a cada dia algo totalmente inovador, mas aperfeiçoar ideias. 

Para exercitar esse pensamento, os professores conheceram uma história que resultou em muitas risadas e certamente promoveu a criatividade. Você sabe o que querem as mulheres? Conheça o texto "Afinal, o que querem as mulheres".
A rotina de criatividade foi iniciada com atividades vinculadas às expectativas de leitura, por isso, o texto foi lido em partes, nas quais os professores eram incentivados a lançar hipóteses sobre os acontecimento. Após a leitura, todos vivenciaram uma rotina de criatividade tentando responder às seguintes perguntas:

O que aconteceria se...
Como seria se...
O que mudaria se...
O que seria diferente se...

Entre as diversas possibilidades sugeridas apresentamos algumas:
O que aconteceria se a história acontecesse no presente?
Como seria se Gawain tivesse escolhido apenas uma das opções da bruxa?
O que mudaria se Arthur não tivesse invadido a propriedade alheia?

A intenção da rotina de criatividade é justamente pensar diferente, sair um pouco do padrão, pois embora ele seja essencial à regularidade de nossas ações, uma vez que economiza tempo e energia, pensar em novas possibilidades promove a construção de novas sinapses em nosso cérebro e nos ajuda a melhorar ideias que favoreçam nossa vida pessoal e profissional.

O vídeo a seguir consolida essas informações de maneira divertida.


No segundo momento do dia, o tema em foco foi a heterogeneidade de aprendizagens. Um dos grandes desafios da educação pública no Brasil é a diversidade de conhecimentos em sala de aula. 

Como alfabetizar a todos diante de situações tão desfavoráveis a algumas crianças: limitações físicas, cognitivas ou sócio-econômica-culturais? O investimento no acompanhamento da aprendizagem e na organização de atividades diversificadas pode contribuir com essa resposta.

Assista ao vídeo "Ex ET" e veja como o ideal da sociedade é por vezes um padrão questionável.


Além de criar padrões, a escola precisa questioná-los. Não há como responder às indagações sugeridas sem ampliar nossos conhecimentos. Esse processo começa por conhecer muito bem nossos alunos para que se possa pensar em melhores caminhos para a aprendizagem.

Nesse sentido, o trabalho com agrupamentos produtivos continua sendo uma ótima opção para a aprendizagem. Além disso, dependendo das características específicas da turma, será necessário planejar atividades que abordem determinados conhecimentos de maneira diferente. O que não é aceitável é que determinados alunos não sejam atendidos em suas necessidades de aprendizagem. 

É o que acontece, por exemplo, se, durante uma atividade de produção, o aluno ainda não alfabetizado é colocado a um canto para pintar determinado desenho que nem estabelece relação com a temática estudada. 

Nesse caso, para evitar a exclusão, seria possível elaborar uma atividade condizente com o potencial do aluno, ou propor um agrupamento produtivo no qual ele pudesse contribuir com informações e, junto com um par avançado, produzir o texto solicitado pelo professor. Nesse contexto, ele teria uma experiência muito mais significativa.

Planejar essas atividades exige, portanto, um trabalho extra por parte do professor, mas os resultados são compensadores. 


Não há sentido em desconsiderar a realidade do aluno, também não há respostas prontas para lidar com cada uma das dificuldades, pois elas possuem características específicas. 

Nesse sentido, conhecer muito bem a turma, fazer sondagens, promover agrupamentos produtivos e ampliar os próprios conhecimentos por meio da formação continuada são passos fundamentais para tornar as aulas mais significativas para todos. 

Veja a seguir outras informações importantes sobre diversidade e agrupamentos produtivos.









O trabalho com a diversidade de aprendizagens é uma demanda que há muito tempo toma o cenário educacional no Brasil e no mundo. 

Ao descrever o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ou Próximo), os estudos de Vygostsky trouxeram à tona a necessidade de modificação das relações entre ensino e aprendizagem. Eu aprendo com o outro. Aprendo porque me desenvolvo, como afirmou Piaget, mas, principalmente, me desenvolvo porque aprendo em interação com outros pares.

O segredo do processo de aprendizagem está, principalmente, na interação. Planejar atividades diversificadas no ciclo de alfabetização é considerar a diversidade de conhecimentos dos alunos e seus potenciais de aprendizagem.

Após essas considerações, os professores alfabetizadores vivenciaram algumas atividades de alfabetização e letramento possíveis de ser desenvolvidas com os alunos em diferentes agrupamentos e com foco em cada um dos eixos de aprendizagem.

Esperamos que essa sequência de atividades possa servir de referência para a organização de outras nas quais seja possível a participação de todos os alunos. Para isso é importante organizar agrupamentos ideais considerando a proximidade dos conhecimentos e variando as ações conforme as necessidades e direitos de aprendizagem dos alunos.

Terminamos o dia com o vídeo "Para os pássaros", uma maneira descontraída de tratar o polêmico tema da inclusão.





É isso aí... Mais um dia... 

Não esqueçam do trabalho pessoal a ser compartilhado no próximo encontro: planejar uma situação de aprendizagem com foco em um dos eixos de aprendizagem de Língua Portuguesa e que considere a heterogeneidade de conhecimentos.

Anotem também, na agenda, uma importante ação prevista para o dia 23/11/2013: O primeiro Seminário dos professores alfabetizadores de Campo Limpo. Contamos com a presença de todos os envolvidos nas ações PNAIC. Em breve, traremos mais informações nesse mesmo espaço.

Até a próxima!

sábado, 26 de outubro de 2013

PROJETOS INTERDISCIPLINARES: POR ONDE ANDAM OS OUTROS DIREITOS?

Neste sétimo encontro PNAIC, os cursistas socializaram suas experiências com sequência didática (SD) em sala de aula. O trabalho com essa modalidade organizativa, tal como a descreveram Dolz e Schnewly, objetiva a aprendizagem de gêneros textuais. 


A sequência didática pressupõe uma vivência inicial com determinado gênero por meio de atividade de leitura ou oralidade que desperte a necessidade de produzir determinado tipo de texto escrito. 

Nesse contexto, o professor solicita uma primeira produção escrita dos alunos para analisar o que sabem e o que precisam aprender sobre o gênero em questão. 

A partir dessa sondagem, são organizadas atividades inter-relacionadas que aprofundem o conhecimento sobre a estrutura do texto e ampliação de repertório conforme a função social do gênero. 

Após essas atividades, o aluno será novamente motivado a realizar uma outra produção do mesmo gênero que será novamente analisada pelo professor para saber se as estratégias promoveram avanços na aprendizagem ou se é necessário realizar novas intervenções.

A sequência didática prevê um produto final condizente com a função social do gênero trabalhado. Por exemplo, no convite, o produto final pode ser a realização do evento que motivou a escrita do texto: uma atividade de leitura compartilhada, um sarau literário, uma festa, entre outras. 

É preciso lembrar que não é necessário subverter totalmente a rotina da sala de aula para garantir um produto final à sequência didática, pois, no contexto escolar, sempre há situações favoráveis à produção de diversos gêneros para ações comuns ao cotidiano da escola: reuniões, brincadeiras, apresentações, etc.

Esses princípios da SD foram aprofundados a partir dos relatos dos professores alfabetizadores sobre a realização das atividades em sala. O primeiro ano trabalhou com o gênero convite, o segundo, com o gênero cantiga de roda e o terceiro com notícia. 

Essa primeira experiência de produção foi considerada bem sucedida, mas os professores relataram que ainda precisam de maior vivência nessas produções para consolidar esses conhecimentos e incluir essa modalidade na rotina escolar. 

Para consolidar essa temática, os professores montaram um quebra-cabeças de uma sequência didática, tentando ajustá-la ao esquema proposto por Dolz e Schnewly. E você? Arrisca um palpite sobre a ordem mais adequada para a sequência de atividades abaixo?
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Após a interpretação da produção inicial, observou-se que os alunos compõem o corpo do texto, porém não identificam local, data, horário. (  )
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Após a leitura e discussão do livro, apresentar as imagens representando os quadros das brincadeiras de Portinari e Ivan Cruz e conversar com as crianças sobre as pinturas, propor que elaborem um primeiro convite (individualmente), para a brincadeira presente na gravura. (  )
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Realização da leitura do livro “Viviana, a rainha do pijama”, de Steve Webb. Explorar com os alunos as características de um convite, como: a quem se destina, contexto de produção. (  )
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Recuperar o contexto de produção inicial e escrever um convite coletivamente (  )
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Revisão e edição do convite elaborado coletivamente, de acordo com o cartaz das características do gênero. (  )
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Apresentar aos alunos diversos convites e solicitar que comparem suas características: o que todos os convites apresentados têm? Elaborar cartaz com as considerações realizadas acerca das características do gênero. (  )
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Pauta para revisão: Meu texto tem: para quem é, de quem é ... (pode ser realizado coletivamente, nas turmas com menor autonomia de leitura ou individualmente, se possível)   (   )
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Após as atividades de familiarização com o gênero, agendar um dia e horário para fazer a leitura compartilhada do livro “Era uma vez... 1, 2, 3”, e solicitar aos alunos que escrevam um convite ao coordenador da escola para presenciar o momento. (   )
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Ao final do primeiro momento, todos assistiram ao vídeo "Kiwi", a história de um pássaro que não se conformou diante de suas limitações e construiu um novo caminho para alcançar seu objetivo. 
Vale a pena conferir!


Não é preciso ficar preocupado com o possível resultado da queda do kiwi, pois um pássaro tão esperto ao planejar o voo certamente planejou o pouso.


Nosso segundo momento foi iniciado com a análise de uma imagem sobre um tema complexo até mesmo no nome:


No material do pacto, unidade 6, é enfatizada a necessidade de integração entre as áreas do conhecimento como princípio para uma aprendizagem mais significativa e completa. O quadro abaixo mostra os pontos que colocam a interdisciplinaridade como uma boa opção curricular:


O material de formação também ratifica que a integração das disciplinas do currículo escolar podem ser favorecidas pelos projetos didáticos, uma modalidade organizativa com as seguintes características:





Investir na interdisciplinaridade requer, portanto, aprofundar os estudos sobre as modalidades organizativas e sobre os direitos de aprendizagem das outras áreas do conhecimento, percebendo as inter-relações possíveis entre elas.

Aliás, durante a formação, analisamos mais detidamente os direitos de aprendizagem no material do pacto: Unidade 1: Língua Portuguesa; Unidade 2: História; Unidade 4: Matemática; Unidade 5: Ciências e Geografia; Unidade 7: Arte. Os cadernos podem ser consultados na íntegra, para saber mais clique aqui. 
Na ânsia de alfabetizar todos os alunos, muitas vezes os professores alfabetizadores investem apenas no trabalho com os direitos de aprendizagem de Língua Portuguesa, não encontrando em sua rotina espaço para outros direitos, por isso é importante estudar um pouco mais as possibilidades de integração entre as áreas.

Ao apresentar o direito de outras áreas do conhecimento no material de formação de um curso voltado à alfabetização e letramento, o pacto objetiva reforçar o princípio de que o processo de alfabetização e letramento precisa ser ampliado com o investimento em todas as áreas, pois leitura e escrita exigem repertório variado, uma vez que socialmente escrevemos com as mais diversas intencionalidades e não apenas para contar histórias.

Nesse sentido, nas aulas de história, geografia, ciências, matemática e artes entre outras, além de aprenderem conteúdos fundamentais à vida em sociedade, os alunos podem vivenciar situações de letramento que também contribuem com a compreensão do SEA. 

Dessa forma, o argumento de que é preciso investir na aprendizagem do SEA no ciclo de alfabetização não significa, de forma alguma, que a rotina semanal deva se resumir aos direitos de Língua Portuguesa.

O trabalho com projetos interdisciplinares pode ser uma boa estratégia para trabalhar os direitos inter-relacionados, além de garantir a participação ativa do aluno na organização das ações que visam a um produto final.

É importante que, antes de iniciar o projeto, o grupo discuta o problema alvo da intervenção, os objetivos pretendidos, as estratégias e o cronograma de ações. O planejamento é o ponto principal para a realização de um projeto bem sucedido.

No final do dia, os professores foram desafiados a exercitar o planejamento de um projeto interdisciplinar a partir da planilha a seguir:

Professor,
A partir do diagnóstico das necessidades de aprendizagem de sua turma e das demandas reais de seu ambiente escolar, proponha um projeto didático interdisciplinar.
Tema: _________________________________________________________________________________
Justificativa: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Objetivos: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Áreas do conhecimento
Eixos
Direitos de aprendizagem



































Recursos materiais:
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Produto final:
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Duração em horas-aula de 45 min.: _________________________________________________
Sequência de atividades (Pensando em estratégias e agrupamentos produtivos, atendendo a diversidade de aprendizagens):
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Depois de iniciar esse exercício, os professores terminaram o dia com o vídeo "A maior flor do mundo", narrado por José Saramago. 



Às vezes, achamos que não há mais nada a fazer diante de um grande problema, mas o menino do vídeo comprova que pequenas ações podem fazer grandes diferenças.

No próximo encontro, os professores compartilharão os projetos idealizados e um relato sobre o que foi introduzido, aprofundado e consolidado na rotina escolar em relação aos temas: eixos de aprendizagem; importância do brincar; uso dos jogos pedagógicos e do acervo literário; sequências didáticas e gêneros textuais.

Bom descanso e até a próxima!