Neste sábado, 26 de abril de 2014, ocorreu o primeiro
encontro PNAIC 2014 na DRE Campo Limpo. A recepção contou com café da manhã e credenciamento.
Para celebrar o momento que reuniu todas as 17 turmas no CEU Casa Blanca, o evento foi iniciado com a apresentação do coral dos alunos que integram o “Projeto Cantoria” da EMEF Jorge
Americano, sob a orientação da Coordenadora Elaine e professores. Puro deleite e emoção, principalmente durante a música “Maria,
Maria”, símbolo de luta e resistência. A plateia cantou junto com as crianças.
A Diretora de DOT-P, Maria Cecília Carlini Macedo Vaz, mais conhecida como Ciça, apresentou resultados da Provinha Brasil e um panorama social da região de Campo Limpo,
reforçando a importância de formação continuada dos professores para que alcancemos
o objetivo de oferecer a todos os alunos o direito à aprendizagem.
Ciça apresentou a organização do Pacto na DRE Campo Limpo em
2014. A formação acontece em 17 turmas distribuídas em cinco polos no intuito
de atender a demanda de formação de quase 400 professores alfabetizadores,
nosso público prioritário, e também de demais profissionais, como CPs, POSLs,
POIEs, SAAIs que permanecem matriculados como público não prioritário.
O PNAIC, Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é
uma parceria entre governo federal e município de São Paulo que prevê a
distribuição de materiais, a formação continuada de professores alfabetizadores
e a avaliação da aprendizagem.
Como incentivo à participação na formação continuada, os
professores alfabetizadores em regência no Ciclo de Alfabetização e que constam
do censo 2013 recebem um benefício de R$ 200,00 por mês e, ao final do curso,
são certificados pela UNESP, universidade responsável pela formação em 2014.
Esse é o público prioritário a que a formação se destina e que
pode ao longo do ano aplicar as atividades sugeridas e analisar seus
resultados.
O público não prioritário não
possui os benefícios destinados aos professores alfabetizadores, mas acreditam no processo formativo e acompanham em suas escolas a aprendizagem dos alunos, por isso, tiveram sua vaga garantida no PNAIC 2014. Como bem falou Ciça, assim como os professores alfabetizadores, os demais participante merecem nossa reverência!
Na sequência, foi apresentado o cronograma parcial das formações, conforme os polos, as turmas e orientadores para que os cursistas se organizem ao longo do ano que promete ser muito produtivo com a ampliação de temas da Língua Portuguesa e a inserção no campo da Matemática.
Para ampliar o assunto, as Orientadores de Estudo e Integrantes da Equipe DOT-P, Elza de Lima Ferrari e Cristina Barroco Massei Fernandes apresentaram o conceito de processo formativo que permeia as ações do Pacto na DRE Campo Limpo e introduziram os pressupostos que subjazem o ensino e aprendizagem da Matemática na atualidade.
As tiras apresentadas por Cristina refletem claramente algumas representações da Matemática que pretendemos superar ao longo das formações PNAIC 2014. Em vez de uma disciplina temida e com muitas histórias de fracasso escolar, a Matemática se reveste de novas perspectivas que abandonam o ensino da técnica em prol do avanço na construção do conhecimento.
Esse foi o momento propício para todos os cursistas conhecerem os Orientadores de Estudo que os acompanharão ao longo do ano nessa jornada de aprendizagem coletiva.
Na sequência, contamos com a presença do professor Humberto Luís de Jesus, Assessor em SME e doutorando em Educação Matemática, que iniciou sua fala apresentando-nos um vídeo que remete à importância da história pessoal nas constituição de nossas trajetórias que envolvem valores e escolhas.
No vídeo, um senhor idoso em busca de um cachimbo, presente de sua esposa já falecida, reconstitui sua história pessoal ao revisitar partes da casa inundada pela água e pelas lembranças. Esse é mote para que Humberto também revisite sua história pessoal e nos conte que seu interesse em ser professor de Matemática surgiu muito cedo ainda nas séries iniciais.
Entre esse desejo e a sua realização, seguiu um período de muita segurança sobre suas estratégias de ensino da Matemática: ênfase nos procedimentos; explicação baseada em exemplos; lista de exercícios parecidos com os exemplos; livro didático utilizado apenas como lista de exercício... até que os questionamentos de uma aluna lhe fizeram sair da zona de conforto:
Aluna: Professor,
como se faz a adição de frações de denominadores diferentes?
Professor:
1º) calcula o mínimo múltiplo comum dos denominadores.
2º) divide o m.m.c pelos denominadores de cada
fração.
3º) multiplica os resultados pelo respectivos numeradores;
4º) adiciona as frações equivalentes de mesmo denominador
•Aluna: Eu não entendi.
•Professor repete a explicação.
•Aluna: Eu não entendi.
•Professor repete a explicação.
•Aluna: Professor, eu ouvi, mas eu não entendi. Professor, como é feita a multiplicação de
frações?
.........
•Professor: É muito simples:
multiplica o numerador pelo numerador e o denominador pelo denominador.
•Aluna: Professor, por que para adicionar duas frações precisa fazer
tudo isso, e para multiplicar duas frações basta fazer o mesmo que se faz em
multiplicações de números naturais?
•Professor : salvo pelo sinal do
término da aula.
Diante da constatação de que a dificuldade da aluna exigia outras estratégias pedagógicas que não a mera repetição de informações técnicas, Humberto foi à procura de aperfeiçoamento no Centro de Aperfeiçoamento do Ensino da Matemática IME - USP onde conseguiu suporte para analisar o ensino da sua matéria favorita sobre outros ângulos.
Para representar esse momento em que colocou em dúvida sua própria prática e buscou ampliá-la, ele fez referência à música "Minha alma" que fala justamente da paz que não se quer conservar.
A partir dessa constatação, Humberto apresentou informações importante sobre o que ele aprendeu em sua trajetória de estudos sobre a questão suscitada por sua aluna.
Essas questões compartilhadas com a plateia foram relacionadas ao material do pacto que concentra sua abordagem do ensino e aprendizagem da Matemática na resolução de situações problemas.
Humberto explica a opção do pacto pela resolução de situação problema em vez da simples resolução de problemas, porque a perspectiva da análise da situação problema permite uma ampliação do contexto que cerca a situação em si, não se concentrando apenas na resolução do problema apresentado, mas permitindo desdobramentos. Vamos acompanhar as explicações nos slides a seguir.
Após a contextualização da situação problema, Humberto abordou os direitos de aprendizagem da Matemática e a perspectiva da alfabetização e letramento na área que corresponde à aprendizagem de um Sistema e a seu uso nas diversas situações sociais.
A palestra de Humberto deixou em evidência a perspectiva do ensino e aprendizagem da Matemática contextualizadas nas relações dialógicas construídas no espaço da sala de aula, mas que o superam e se constituem como experiências significativas para a vida.
O recurso ao antigo arme e efetue, tão comum na década de 1980, demonstrou ser insuficiente para ampliar os conhecimentos matemáticos dos cidadãos brasileiros e a mudança de estratégias requer estudo por parte de todos os interessados.
Nesse sentido, o PNAIC 2014 se constitui em um espaço de estudo e aprendizagem coletiva voltada para a alfabetização e letramento de nossos alunos, mas sobretudo como espaço de constante diálogo e proposição de práticas entre professores alfabetizadores e demais interessados nesse rico processo que envolve o Ciclo de Alfabetização.
Nada melhor para encerrar esse relato que a música "Almanaque" citada por Humberto e na qual ele destaca a frase: "Diz quem foi que inventou o analfabeto e inventou o alfabeto ao professor".
A vida é feita de escolhas e entre as melhores está o desejo de permanecer estudando e aprendendo sempre!
Bem vindos ao PNAIC 2014!
Para representar esse momento em que colocou em dúvida sua própria prática e buscou ampliá-la, ele fez referência à música "Minha alma" que fala justamente da paz que não se quer conservar.
A partir dessa constatação, Humberto apresentou informações importante sobre o que ele aprendeu em sua trajetória de estudos sobre a questão suscitada por sua aluna.
Essas questões compartilhadas com a plateia foram relacionadas ao material do pacto que concentra sua abordagem do ensino e aprendizagem da Matemática na resolução de situações problemas.
Humberto explica a opção do pacto pela resolução de situação problema em vez da simples resolução de problemas, porque a perspectiva da análise da situação problema permite uma ampliação do contexto que cerca a situação em si, não se concentrando apenas na resolução do problema apresentado, mas permitindo desdobramentos. Vamos acompanhar as explicações nos slides a seguir.
Após a contextualização da situação problema, Humberto abordou os direitos de aprendizagem da Matemática e a perspectiva da alfabetização e letramento na área que corresponde à aprendizagem de um Sistema e a seu uso nas diversas situações sociais.
A palestra de Humberto deixou em evidência a perspectiva do ensino e aprendizagem da Matemática contextualizadas nas relações dialógicas construídas no espaço da sala de aula, mas que o superam e se constituem como experiências significativas para a vida.
O recurso ao antigo arme e efetue, tão comum na década de 1980, demonstrou ser insuficiente para ampliar os conhecimentos matemáticos dos cidadãos brasileiros e a mudança de estratégias requer estudo por parte de todos os interessados.
Nesse sentido, o PNAIC 2014 se constitui em um espaço de estudo e aprendizagem coletiva voltada para a alfabetização e letramento de nossos alunos, mas sobretudo como espaço de constante diálogo e proposição de práticas entre professores alfabetizadores e demais interessados nesse rico processo que envolve o Ciclo de Alfabetização.
Nada melhor para encerrar esse relato que a música "Almanaque" citada por Humberto e na qual ele destaca a frase: "Diz quem foi que inventou o analfabeto e inventou o alfabeto ao professor".
A vida é feita de escolhas e entre as melhores está o desejo de permanecer estudando e aprendendo sempre!
Bem vindos ao PNAIC 2014!