domingo, 11 de agosto de 2013

A AVALIAÇÃO FORMATIVA E A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO

O processo de ensino e aprendizagem pressupõe planejamento fundamentado nos objetivos da educação escolar, com destaque para os direitos de aprendizagem. Esse planejamento norteia a organização da rotina escolar e sustenta a prática pedagógica. Se o professor é consciente dos objetivos da sua prática, conhece seus alunos e os orienta de maneira a avançarem em seus conhecimentos, ele precisa também avaliar os resultados desse processo.

A avaliação é elemento essencial da prática pedagógica, mas é preciso que seu conceito esteja claro ao professor. Na atualidade, a visão tradicional de avaliação como parte final do processo de aprendizagem com o objetivo de classificar o aluno parece estar superada. É consenso para a maioria dos professores que a avaliação deve ser contínua, entretanto, nem sempre essa convicção teórica vem acompanhada de instrumentos de avaliação eficazes ao propósito de investigar os conhecimentos dos alunos para realizar intervenções.

A avaliação formativa promove a investigação do que o aluno já aprendeu e norteia novas intervenções pedagógicas. Nesse processo, a avaliação não objetiva estigmatizar os alunos em “bons” ou “ruins”, zero ou dez, e sim nortear o processo pedagógico.

Em uma perspectiva formativa, o planejamento dos instrumentos de avaliação requer coerência com a prática pedagógica desenvolvida em sala e com os objetivos definidos no planejamento. 

Ao organizar uma avaliação escrita, o professor deve formular comandas adequadas. Questões mal formuladas não colaboram com o processo investigativo. Da mesma maneira, se um conteúdo não foi suficientemente desenvolvido, não há como exigir respostas sobre ele.

Vale a pena assistir aos quatro vídeos sobre avaliação produzido pelo CEEL da Universidade Federal de Pernambuco no link abaixo. Em seguida, confira as respostas para o roteiro de observação entregue durante a formação.


https://www.youtube.com/watch?v=4drEhGNJmJU&list=PL029AF2146A5BD14E

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Roteiro de observação do vídeo “Avaliação de Língua Portuguesa” (CEEL-UFPE) 
1-      Como é compreendido o erro na perspectiva psicogenética? Qual o papel do professor diante do erro?  
   O "erro" é um indicador daquilo que os alunos já sabem e do que precisam aprender. O papel do professor é observar como o aluno compreende o objeto de estudo e promover intervenções que favoreçam os avanços na aprendizagem.
2-      Quais os pressupostos da avaliação formativa? Entender os processos de aprendizagem e qualificá-los, reconhecer a dimensão ética e política, garantir processo dialógico, comprometer-se com a aprendizagem.
3-      Qual a diferença entre avaliação e instrumento de avaliação? A avaliação é um processo amplo composto por vários instrumentos, a atividade de avaliação ou prova é apenas um dos instrumentos. Esses podem variar de acordo com o que se quer observar do aluno.
4-      O que deve ser considerado ao se planejar um instrumento de avaliação? O planejamento anual, o vínculo direto com o conteúdo desenvolvido, as potencialidades dos alunos e a validade dos instrumento: o que se quer saber sobre a aprendizagem e para quê.
5-      Um único instrumento é suficiente? Não
6-      Qual a diferença entre corrigir ou interpretar um instrumento de avaliação? Corrigir se restringe a classificar em certo e errado e interpretar é investigar o que o aluno já sabe para planejar as intervenções.
Leitura
1-      É possível avaliar a compreensão leitora? De que maneira essa avaliação pode ser realizada no paradigma formativo? Sim, a avaliação deve favorecer a capacidade de relacionar os textos entre si, fazer inferências e comparações. As questões devem ser bem elaboradas e mobilizarem as habilidades mentais mais sofisticadas, promovendo desacordos intelectuais.
2-      Que aspectos devem ser observados durante a avaliação de leitura? Se o aluno construiu um comportamento leitor, se consegue por meio de orientação identificar o objetivo do texto e do gênero, suporte, se é capaz de relacionar os textos entre si, fazer inferências e comparações.
Produção
1-      O que priorizar na avaliação da produção de texto? A função comunicativa do texto e a diversidade dos gêneros textuais.
-      Quais as condições necessárias ao planejamento da produção textual? O que escrever, para quem, com que objetivos, em que grau de formalidade.
-      Oralidade
1-      Que atividades são possíveis no eixo da oralidade? Leitura de diversos textos, na perspectiva da variação linguística, seminários, debates, rodas de leitura em voz alta e conversa, contação de história, entrevistas etc.
2-      Quais os critérios para se trabalhar com a oralidade? Aspectos extralinguísticos: relacionados aos contextos da situação comunicativa, como grau de intimidade; Aspectos paralinguísticos: associação entre fala e gestos que contribuem na construção dos sentidos; Aspectos linguísticos: sintaxe da frase de acordo com o gênero textual, dependendo do grau de formalidade.
3-      O que é necessário ao docente para o trabalho com oralidade? A construção de acervo variado dos gêneros orais.
Análise Linguística
1-       Como devem ser selecionados os conteúdos nesse eixo? De acordo com as necessidades apresentadas pela turma.
2-      O que a Análise Linguística deve priorizar? Situações didáticas que promovem a comparação, observação de usos, reflexão, sistematização de saberes sobre os fenômenos linguísticos.
--------------------------------------------------------------------------------- Neste quinto encontro PNAIC, além de aprofundar os conhecimentos sobre avaliação formativa, os professores alfabetizadores também refletiram sobre a importância do lúdico durante o ciclo de alfabetização.

Para início de discussão do assunto, foi apresentado o vídeo "Criança não trabalha" do Palavra Cantada. 






Os professores observaram as brincadeiras citadas durante a música e foram solicitados a resgatar, em suas memórias de infância, as brincadeiras mais significativas. 

O vídeo de Tizuko Kishimoto, apresentado a seguir, confirma a importância do brincar no desenvolvimento humano e apresenta boas sugestões para incluir a brincadeira no cotidiano escolar.






Por meio de situações lúdicas, a criança recria situações do cotidiano, como a vida doméstica ou profissional, que ainda não pode vivenciar de maneira real. Brincar aumenta sua autonomia, criatividade e capacidade cognitiva, proporciona prazer e encantamento e, por isso, é essencial durante o ciclo de alfabetização. 

Não é porque chegou ao ensino fundamental que a criança precisa deixar de brincar, as atividades lúdicas combinam com a aprendizagem e podem ser planejadas para favorecê-la. Os professores alfabetizadores, além de relatarem um pouco de suas experiências sobre o brincar, planejaram coletivamente uma atividade lúdica para desenvolver com seus alunos.

Aliás, o desenvolvimento dessa atividade lúdica e o preenchimento da planilha sobre o perfil da sala ficaram como tarefas para os professores desenvolverem com suas turmas e apresentarem no próximo encontro. E você já fez os registros?

Seguem abaixo as cópias dos arquivos. Se você cursista ainda não os possui, entre em contato com seu orientador de estudos!






Roteiro para o planejamento da Atividade Lúdica

Eixo(s):
Direito(s) de aprendizagem:

Objetivo(s):

Organização da turma:

Recursos materiais, físicos:

Tempo:
Desenvolvimento:



Avaliação:


  
Instrumento de avaliação: